A Decobertura, conversou com o ex-meia do Coritiba, Palmeiras, Cruzeiro, Fehnerbaçe e Seleção Brasileira, Alex. Hoje como comentarista, revelou muito sobre seu início de carreira, sua passagem pela Turquia e ainda comentou sobre os técnicos brasileiros e o VAR.
CONFIRA:
Decobertura: Fazendo um comparativo do seu início como jogador e do início dos jovens de hoje, o que você nota de diferença? O que poderia ser aperfeiçoado? Ou o que poderíamos resgatar da sua época para a formação dos novos jogadores?
Alex: Tudo é diferente. Não adianta nós tentarmos traçar um paralelo, porque muita coisa mudou e a mudança parte da Lei Pelé. Um exemplo do que aconteceu comigo em 1995. Quando eu tinha 16, 17 anos, fiz minha estreia no Coritiba sem nenhum contrato profissional, somente com aquele contrato que chamavam na época de contrato amador, que nada mais é do que uma ficha de filiação à federação. Essa ficha mantinha você preso ao clube e, mesmo sendo infantil ou juvenil, não se tinha condição de sair a hora que quisesse, tinha que ter a liberação do clube. Então, com a mudança da lei que trouxe uma obrigatoriedade de firmar contrato com um menino de 16 anos, tem meninos hoje jogando na categoria juvenil. Às vezes eles não jogam nem nos juniores e nunca pisaram no vestiário da equipe principal, mas tem contrato. Essa é uma mudança enorme que cria em muito jogadores uma sensação de conforto. Quando muitos deles, aos 16, 17 anos, ganham mais dinheiro do que o pai, a mãe, o irmão, acaba criando um conforto para muitos, de já acreditarem que são jogadores de futebol por ter esse contrato. Então acredito que com essa mudança qualquer outro tipo de paralelo com o período que eu comecei já some. Naquele tempo, jogadores com quase 20 anos completos tinham que jogar, que demonstrar, para depois ter um contrato oferecido. Qualquer paralelo de hoje com aquele período vai para o espaço quando a gente coloca condição financeira atual acima dos desejos de trabalho, do desejo de jogar e, realmente, esse é um fator que tem que ser revisto.
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